Vou iniciar meu texto com um trecho da música da Legião Urbana, meninos e meninas, onde temos:
"...Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem? ..."
É a pergunta que me faço e, aproveito e repasso, pois com os acontecimentos dos últimos meses, onde as chuvas assolaram, vários estados brasileiros, mas com maior destaque para o Rio, que nesta semana está enfrentando uma situação caótica, penso, somos culpados pela situação vivida por aquelas pessoas que estão sofrendo com os estragos causados pelas chuvas. Sinto-me culpado, por conta de não saber eleger representantes decentes para o legislativo e para o executivo, seja ele, municipal, estadual ou federal.
Depois que a tragédia vem a tona, aparece um montão de gente para dizer que “a área onde as casas estavam, era de risco”, ou então, como ouvi no jornal da noite, “a defesa civil já havia alertado para o problema”, se já era conhecido o problema, porque não preveniram? É necessário centenas de pessoas perderem a vida, para que o governador consiga algumas moradias, fora das áreas de risco, financiadas pelo “minha casa, minha vida”, que já veio tarde, pois as famílias que receberão o benefício, estão destruídas.
Cabe a todos nós, dar um basta nessa hipocrisia, governante e poder público que só aparecer quando o pior já aconteceu, quando famílias foram destroçadas, e centenas de moradias desceram morro abaixo; o morro está lá, todo dia com barracos e casas de alvenaria novas, que desafiam as leis da física e a engenharia, o Estado faz de conta que não vê, as concessionárias de água e energia, instalam seus relógios, pois independente de onde esteja a moradia, o importante são os lucro$, e assim, mais e mais morros são ocupados, desmatados, concretados e no final das contas, a culpa é do excesso de chuvas.
É absurdo parte de um bairro ser erguido em cima de um lixão desativado, e simplesmente o poder público não fazer nada para impedir a ocupação do local, pelo contrário fez obras a fim de “melhorar a infraestrutura” da localidade, é muita incompetência.
Portanto devemos neste ano de eleições, darmos uma resposta a altura, não reeleger ninguém, e votar em gente que realmente tenhamos confiança, e depois de eleitos acompanhar e cobrar o cumprimento de suas obrigações, a mais importante, está servir em a população, para o bem da população.
E como canta os Garotos Podres, na música Anarquia oi, “...Não acredite, em falsos lideres, pois todos eles, vão te trair...”, vamos abrir os olhos e usar conscientemente nossos votos.
na imprensa:
"...Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem? ..."
É a pergunta que me faço e, aproveito e repasso, pois com os acontecimentos dos últimos meses, onde as chuvas assolaram, vários estados brasileiros, mas com maior destaque para o Rio, que nesta semana está enfrentando uma situação caótica, penso, somos culpados pela situação vivida por aquelas pessoas que estão sofrendo com os estragos causados pelas chuvas. Sinto-me culpado, por conta de não saber eleger representantes decentes para o legislativo e para o executivo, seja ele, municipal, estadual ou federal.
Depois que a tragédia vem a tona, aparece um montão de gente para dizer que “a área onde as casas estavam, era de risco”, ou então, como ouvi no jornal da noite, “a defesa civil já havia alertado para o problema”, se já era conhecido o problema, porque não preveniram? É necessário centenas de pessoas perderem a vida, para que o governador consiga algumas moradias, fora das áreas de risco, financiadas pelo “minha casa, minha vida”, que já veio tarde, pois as famílias que receberão o benefício, estão destruídas.
Cabe a todos nós, dar um basta nessa hipocrisia, governante e poder público que só aparecer quando o pior já aconteceu, quando famílias foram destroçadas, e centenas de moradias desceram morro abaixo; o morro está lá, todo dia com barracos e casas de alvenaria novas, que desafiam as leis da física e a engenharia, o Estado faz de conta que não vê, as concessionárias de água e energia, instalam seus relógios, pois independente de onde esteja a moradia, o importante são os lucro$, e assim, mais e mais morros são ocupados, desmatados, concretados e no final das contas, a culpa é do excesso de chuvas.
É absurdo parte de um bairro ser erguido em cima de um lixão desativado, e simplesmente o poder público não fazer nada para impedir a ocupação do local, pelo contrário fez obras a fim de “melhorar a infraestrutura” da localidade, é muita incompetência.
Portanto devemos neste ano de eleições, darmos uma resposta a altura, não reeleger ninguém, e votar em gente que realmente tenhamos confiança, e depois de eleitos acompanhar e cobrar o cumprimento de suas obrigações, a mais importante, está servir em a população, para o bem da população.
E como canta os Garotos Podres, na música Anarquia oi, “...Não acredite, em falsos lideres, pois todos eles, vão te trair...”, vamos abrir os olhos e usar conscientemente nossos votos.
na imprensa:
São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010
São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010
CLÓVIS ROSSI Subdesenvolvidos. E felizes SÃO PAULO - Não deixa de ser uma cruel ironia que o Brasil seja tratado universalmente como potência emergente no momento em que sua cidade mais bonita submerge por inteiro. Os patrioteiros de plantão dirão que qualquer cidade se afogaria com tanta chuva. É verdade, mas é só parte da verdade. Menos mal que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador, Sérgio Cabral, tiveram o bom senso de acrescentar "problemas estruturais" ao excesso de chuva como responsáveis por tamanho estrago. "Problemas estruturais", do tipo ocupação selvagem de encostas, como afirmou Cabral, é uma maneira elegante de dizer que o Rio, como o Brasil, não é emergente, é subdesenvolvido. Pena que Deus, ou a natureza, ou quem seja, vira e mexe envie lembretes a respeito. Hoje, no Rio; ontem, em São Paulo; anteontem, em Angra dos Reis; antes de anteontem, em Santa Catarina; amanhã, sabe-se lá onde. No mesmo dia em que os jornais se ocupavam com a tragédia carioca, saía pesquisa de uma financeira que pretendia mostrar que estamos emergindo, mas que prova o inverso. Ficamos sabendo que a classe C (ou classe média) foi a que mais se expandiu em 2009, sinal de que já não somos tão pobres. Não? Vejamos: a renda familiar (a familiar, não a individual) mensal da classe C é de R$ 1.276, o que dá um pouco mais do que dois salários mínimos e bem menos do que os R$ 1.995,28 que o Dieese considera o valor necessário (do mínimo, não da classe média, que, como o nome indica, deveria estar acima). Comparemos agora com a Espanha, o país rico mais "comparável" com o Brasil: cada desempregado espanhol recebeu em fevereiro, na média, 900, equivalentes a R$ 2.110, ou 65% mais que a renda da classe média brasileira. E os desempregados espanhóis não são chamados de emergentes. crossi@uol.com.br |